segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O número de homicídios dolosos - quando há intenção de matar - continua em queda no Estado de São Paulo

Duas mil pessoas foram assassinadas no primeiro semestre deste ano, 12,2% a menos em comparação ao registrado em igual período do ano passado. Na capital, o recuo foi ainda mais expressivo: 28%. A cidade de São Paulo registrou no primeiro semestre deste ano 8,3 homicídios por 100 mil habitantes, a menor taxa de assassinatos desde 1965 - ano com o mesmo índice.
Seis distritos da cidade não tiveram nenhum assassinato nos primeiros seis meses do ano: Vila Carrão, Parque da Mooca e Alto da Mooca, na zona Leste; Limão, na Norte; Campo Grande, na Sul; e Cambuci, na região central. Mas a periferia da zona Sul continua com os primeiros lugares no ranking de violência: Parque Santo Antônio (28 casos), Campo Limpo (23) e Capão Redondo (18).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25), pelo o governador do Estado, Geraldo Alckmin. Com isso, a taxa chegou a 9,6 casos por grupo de 100 mil habitantes, inferior ao nível considerado epidêmico pela Organização Mundial de Saúde (OMS). "É o menor índice dessa série histórica", disse o governador.

O anúncio foi feito numa visita a delegacia do Carrão, na zona Leste da cidade, onde funciona uma das quatro centrais de flagrantes da capital. As unidades foram criadas para, em até 30 minutos, prisões feitas em flagrante e acelerar o atendimento das delegacias. Outras cinco deverão ser inauguradas ainda no próximo mês.
O total de homicídios no Estado segue em queda desde o início do ano, após um aumento no ano passado. De acordo com as autoridades de segurança do Estado, a queda de homicídios era esperada por conta do aumento do policiamento e do fortalecimento das investigações. "Desde 1999, quando começou o combate efetivo ao homicídio, o número de policiais é o mesmo. O que mudou foi a gestão. Temos mais homens na rua ou desempenhando funções essenciais do que tínhamos antes", afirmou o coronel Álvaro Camilo, comandante geral da PM.

Agora, a meta dos policiais é conseguir que os crimes contra o patrimônio (furto e roubo) tenham resultados positivos. Neste semestre, roubo ficou praticamente estável, com 525 casos a menos do que no primeiro semestre do ano passado. Já furto registrou um aumento de 9%. As autoridades dizem estar "bastante" preocupadas com o aumento dos assassinatos resultantes de roubos. No semestre, os latrocínios cresceram 20% no Estado (12% na capital, 30% na Grande SP e 21% no interior).

O número de vítimas chama a atenção no interior, onde ocorreram 86 dos 167 assassinatos durante roubos. As regiões de Ribeirão Preto e de Piracicaba são as que mais preocupam a polícia. Tiveram, respectivamente, 19 e 21 vítimas de latrocínio.
Fonte: Caderno SP

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