segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Delegacias já trabalham sob novo sistema de gestão

O novo sistema de gestão das delegacias da Capital foi expandido nesta segunda-feira (1) para toda a cidade. As seccionais do Centro, Sul, Oeste e Santo Amaro passaram a operar no novo modelo de trabalho. “Esta foi a mudança mais radical implantada nas delegacias em quatro décadas”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, que revelou ao portal da SSP que foram poucos os ajustes feitos diante da grandeza do projeto que, segundo ele, “é um divisor de águas na Polícia Civil”. A perspectiva é levar o plano de gestão para a Grande São Paulo e interior do Estado. “Em setembro, serão três meses do novo sistema. A partir desse período, vai ser possível fazer uma projeção sobre de que forma levar esse modelo para as outras regiões do estado”, completou Carneiro. 

Os 93 distritos da Capital e os mais de 6 mil policiais civis já funcionam sob a nova sistemática de trabalho. “Um bom atendimento gerando um adequado registro criminal só vai proporcionar uma melhor investigação”, prossegue o delegado geral. “O policial está conscientizado de que registrar uma ocorrência não é simplesmente um ato burocrático, mas de polícia judiciária muito importante porque será a primeira peça de um quebra cabeça para se resolver um crime”, explicou.

As mudanças também levaram em conta a qualidade de vida do policial civil. Antes, o policial trabalhava em horários alternados, de dia e de noite, sem se levar em consideração a questão física. A mudança prevê que o policial siga uma rotina, o que possivelmente melhorará as suas condições psicológica e física.

Desde a década de 80, o sistema de plantão das delegacias era o mesmo. Um distrito que tinha 3 mil ocorrências por mês era operado da mesma forma que uma delegacia com 300 ocorrências/mês e uma de 30 mil. Agora, o efetivo foi remanejado, os horários de picos e as delegacias com maior demanda tiveram reforço de profissionais.

Outro ponto importante no pacote de mudanças foi a implantação das Centrais de Flagrante nas Seccionais. Trata-se de uma instância exclusiva para onde são levadas as ocorrências de flagrante delito (prisões ou termos circunstanciados), captura de procurados da Justiça e atos infracionais. O modelo alivia as demandas das delegacias, que ficam voltadas exclusivamente para o atendimento ao público, proporcionando ao policial retorno mais rápido para as ruas. 

Todos saem ganhando, na opinião do delegado geral: a população, que irá receber um melhor atendimento, diminuindo o seu tempo de espera nas delegacias; o policial militar, que passa a ter um local exclusivo para apresentar os flagrantes e retornar mais rápido para as ruas e o policial civil, que tem condições melhores de trabalho.



Elson Natário


Fonte: Secretaria Segurança Pública SP

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