sexta-feira, 6 de maio de 2011

PM forma 38 multiplicadores de Polícia Comunitária



Trinta e oito policiais militares de 13 estados se formaram nesta sexta-feira (6) no Curso Internacional de Multiplicador de Polícia Comunitária, ministrado na Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB). A cerimônia foi realizada no auditório do Quartel do Comando Geral, no bairro da Luz, Centro da Capital.

O curso já formou 346 policiais brasileiros e outros 51 da América Central. O próximo passo é levar esse conhecimento aos outros 14 estados que, até o momento, não enviaram representantes.

Os policiais formados voltam para os seus estados com uma nova responsabilidade: multiplicar o conhecimento adquirido ao longo dos 15 dias de curso, agregar novos valores e disseminar a filosofia de polícia comunitária nos seus comandos.

“O trabalho desses policiais não termina aqui. É na verdade o começo. Eles têm agora o comprometimento com o cidadão, com o estado democrático de direito, com a melhoria da qualidade de vida”, disse o diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM paulista, coronel Luiz de Castro Júnior

Para o coordenador Nacional de Polícia Comunitária da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), coronel Erisson Lemos Pita, cabe aos novos multiplicadores de polícia pomunitária mostrar para os seus gestores a importância dessa estratégia organizacional.

“A partir do momento que nós temos uma polícia com um comprometimento social, nós temos uma polícia mais entretida e uma sociedade mais satisfeita. Nós trabalhamos para a sociedade, somos prestadores de serviço e não podemos perder esse foco”, disse Pita.

Também estiveram presentes no evento representantes da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, em inglês) e da Polícia Nacional do Japão, pioneiros na filosofia de polícia comunitária.

História – A polícia comunitária é uma filosofia e estratégia organizacional da PM paulista que proporciona uma nova parceria entre população e polícia. Baseia-se na premissa de que ambos devem trabalhar juntos para identificar, priorizar e resolver problemas, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida nas áreas de policiamento.

“É uma polícia cidadã, em defesa dos direitos individuais das pessoas, que ouve a sociedade e transforma os seus anseios em procedimentos práticos de segurança. Com o comprometimento de respeitar integralmente as Normas Internacionais de Direitos Humanos e Princípios Humanitários”, disse o coronel Castro.

O modelo, original do Japão, onde é conhecido como Koban, tem surtido efeitos positivos na queda dos índices criminais em geral e na recuperação de áreas violentas.

A filosofia contribuiu para a redução de 18,95% no número de homicídios dolosos em São Paulo no primeiro trimestre deste ano, o que levou o Estado a iniciar um ano com uma taxa de homicídios abaixo de 10/100 mil habitantes pela primeira vez. O patamar é considerado não epidêmico pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Elson Natário
Fonte: http://www.ssp.sp.gov.br/

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