terça-feira, 7 de junho de 2011

Paulistano narra dificuldade para registrar boletim de ocorrência

Pane no sistema de informática impediu registro nas delegacias.  Empresa responsável disse que agiu logo que soube do problema.

Os paulistanos que procuraram as delegacias de polícia das 21h de segunda-feira às 5h30 desta terça-feira (7) ficaram sem atendimento, porque uma pane no sistema de informática impediu o registro de boletins de ocorrências.

A comerciante Marisa de Lurdes Oliveira teve uma loja assaltada no fim da tarde de segunda-feira. Meia hora depois, ela foi atacada por outros ladrões. Ao chegar à delegacia, ela enfrentou uma longa espera na tentativa de registrar as ocorrências. Nesta manhã ela teve que voltar à delegacia. “Eu vim com meus filhos, porque já tinha passado o horário da escola. A gente ficou aqui até umas 22h e aí nos informaram que não tinha sistema”, disse a comerciante.

O aprendiz administrativo Felipe Carlos Nunes teve a carteira levada por ladrões, na segunda-feira. Ele também quis dar queixa, mas só conseguiu fazer isso na manhã de terça. “Para cancelar o cartão, eu preciso do boletim. Para [tirar o] RG precisa apresentar o boletim. Se não tiver o boletim fica bem mais difícil”, disse.

Na delegacia de Santo Amaro, considerada uma das mais movimentadas da capital, o transtorno só não foi maior, porque a madrugada de hoje foi calma. “Foi uma noite tranquila. A gente atribui isso ao frio que está fazendo no estado. Isso acabou ajudando a população que acabou não procurando esse serviço”, afirmou o delegado Antonio Sucupira Neto. Sem ter como trabalhar, funcionários de várias delegacias simplesmente dormiram a noite toda.

A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, a Prodesp, disse que agiu imediatamente quando soube da pane e que os técnicos trabalharam durante toda a madrugada para resolver o problema. A pane, segundo a empresa, foi causada por uma falha no sistema de informática e foi solucionada às 5h30.

Porém, em algumas delegacias, a conexão demorou mais. O motorista Sérgio Martins, que mora em Atibaia, veio até a capital para tentar registrar um acidente que causou a morte do enteado dele. Sem o boletim de ocorrência, ele não conseguia liberar o corpo para o velório. “Fica difícil para todos. Principalmente no meu caso. O menino no hospital lá e ninguém libera por causa do sistema. É uma falha grave”, declarou.


Fonte: G1 SP

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