terça-feira, 17 de julho de 2012

Famílias celebram missa para lembrar vítimas do acidente da TAM



Morte de 199 pessoas completa cinco anos nesta terça-feira (17). 
Depois de missa, será inaugurado memorial em homenagem às vítimas.

Nathália DuarteDo G1 SP
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Missa em memória aos mortos (Foto: Nathália Duarte/G1)Missa em memória aos mortos na tragédia  (Foto: Nathália Duarte/G1)
Familiares de vítimas do acidente da TAM, que deixou 199 mortos em 17 de julho de 2007, se reuniram no fim da tarde desta terça-feira (17), quando a tragédia completa cinco anos, para realizar uma missa em homenagem aos parentes que morreram. A celebração ocorreu na Praça Memorial 17 de Julho. O memorial será inaugurado ainda nesta terça, também como parte das homenagens. O ato foi presidido pelo Bispo de Santo Amaro, Dom Fernando Antonio Figueiredo. A missa acabou por volta das 18h50.
Sob chuva, familiares participam da missa e depositam fotos, flores e cartazes pela praça. "Esse é um solo sagrado. 199 pessoas morreram aqui e quero que a morte da minha filha simbolize a vida. Será a primeira vez que vamos celebrar a eucaristia, portanto a vida, nesse local", disse, emocionada, Silvia Masseran, mãe de Paula, que viajava com o namorado Lucas.
Após a missa, deverá ocorrer no memorial uma benção ecumênica, com representantes de diversas religiões. "É um dia especial, emocionante, e curiosamente o clima de chuva se parece muito com aquele dia", diz Roberto Gomes, irmão de Mario Gomes.
A missa também foi acompanhada pelo diretor presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys. "Acompanho a associação e vim atender ao convite para ver o memorial pronto", disse. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também esteve na cerimônia. Durante a missa, familiares carregavam estrelas com os nomes das vitimas.
Mais cedo, familiares se reuniram para discutir os avanços no julgamento dos denunciados pelo acidente, mas ainda não há previsão de decisão da Justiça.
Protesto em Congonhas
Cerca de 20 parentes de vítimas protestaram no Aeroporto de Congonhas por mais segurança no transporte aéreo. A manifestação ocorreu na tarde desta terça feira. Como nos últimos anos sempre fazem na data, os parentes caminharam desde o setor de desembarque até o guichê da TAM. Lá, Dario Scott, representante da associação de amigos e parentes das vítimas, falou sobre os cinco anos da tragédia e convidou a todos para visitarem a Praça Memorial 17 de Julho.
Construída neste ano no local do acidente, a praça foi erguida ao redor de uma amoreira que permaneceu viva após o acidente. "Ela sobreviveu à explosão, ao incêndio e à implosão do prédio", disse Scott. "Ela simboliza nosso movimento."
Filha da tricoteira Eucita da Silva Ramos, a professora aposentada Carmem Canali, de 67 anos, elogiou a criação da praça, mas lamentou o que considera a persistência da insegurança no ar. "As empresas só pensam no lucro e não investem no bem da população", reclamou. Sua mãe tinha 85 anos quando perdeu a vida, ao lado de amigas tricoteiras.
Flores são depositadas em volta de espelho d'água (Foto: Nathália Duarte/G1)Flores são depositadas em volta de espelho d'água (Foto: Nathália Duarte/G1)

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